segunda-feira, 27 de maio de 2013

JÁ ACELERAMOS O NOVO AUDI S3, QUE CHEGA NO NATAL POR R$ 190 MIL


Audi S3 (Foto: Audi)
No momento em que a nova geração do Audi A3 começa a chegar ao Brasil – agora o Sport, duas portas, em junho o Sportback, quatro portas – os fãs de versões esportivas começam a especular quando será a vez do tradicional e apimentado S3. A resposta oficial da marca alemã é: ele chega em dezembro, com preço na faixa de R$ 190 mil. Cerca de R$ 70 mil a mais que a versão “comportada” do hatch médio.
Mas Autoesporte antecipou esse presente de Natal e foi até a Alemanha acelerar o bichinho, em sua versão sem portas traseiras (a empresa ainda não decidiu qual das duas opções virá). Boa parte do teste foi pelas ruas de Munique e vilarejos na região da Bavária, mas é claro que não faltaram estradas sinuosas e um trecho adrenante de autobahn.

Audi S3 (Foto: Audi)Antes de falar como ele anda, vamos ver a receita adotada pela Audi nessa terceira geração do hot hatch (a primeira é de 2002, a segunda de 2006). Pra começar, um regime básico: 60 kg a menos, apesar do aumento do porte e dos novos equipamentos. As gordurinhas foram retiradas sobretudo da carroceria, mas também do interior e até do bloco do motor.
Por falar no motor, ele agora é um 2.0 FSI. Mas já não era assim? Era, mas a Audi garante que a única coisa que não mudou foi a cilindrada e o diâmetro e curso do pistão. De resto, o quatro cilindros com injeção direta é todo novo, com destaque para o turbocompressor maior, com 1,2 bar de pressão, além de injeção dupla com coletor de escape integrado ao cilindro, para gerenciamento térmico (Audi Valvelift).
Após tantas alterações, o motor passou a render 300 cv (35 cv a mais), com torque máximo de 38,7 kgfm numa faixa de rotação bem ampla, de 1.800 a 5.500 rpm. Com câmbio S-tronic (automatizado de dupla embreagem) de seis marchas e launch control, ele acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos (a máxima é limitada a 250 km/h). Também aceleramos a versão com câmbio manual de seis marchas, que não virá para cá, e é obviamente mais lenta nas acelerações e retomadas. Aceleramos por causa do revezamento feito com jornalistas de outros países, e por certa dose de saudosimo. Um belo brinquedo, mas com câmbio automatizado dá pra se divertir bastante também - há opção de trocas no volante, e sem perder em respostas.
Audi S3 (Foto: Audi)
O sistema de escape (de quatro saídas) emite um ronco esportivo nas acelerações, e um alto-falante reproduz artificialmente o tom grave no interior, o que é estranho, mas diverte. A dirigibilidade em geral é muito boa. A suspensão firme (rebaixada em 2,5 cm) não dá sustos, e pode ser regulada em quatro estágios (na mais suave, fica parecido com o A3 normal, mas quem quer isso?). A tração Quattro, com seus 30 anos de desenvolvimento, dá sua contribuição fundamental. A direção progressiva, bem direta, passa mais segurança do que emoção.
Visualmente, o S3 não impressiona tanto, apesar dos adereços esportivos (sem exageros), dos retrovisores prateados e das belas rodas de aro 18. A verdade é que os Audis andam muito parecidos, a exemplo dos modelos de sua controladora, a VW. Algo que, segundo gente da própria marca, já cansou e tende a mudar nas próximas gerações. Repare nas fotos como fica estranho um esportivo sem faróis de neblina. Eles foram substituídos por luzes diurnas com leds, o que confere um aspecto mais futurista do que jovial.
O interior é superior ao da concorrência em termos de acabamento e equipamentos de comodidade, mas peca pela falta de ousadia no estilo do painel e do console. Com a nova plataforma MQB, o A3 e o S3 ficaram mais espaçosos, graças ao aumento do entre-eixos e da largura. Isso não é tão perceptível nessa versão duas portas, mas o porta-malas ganhou 15 litros (agora leva 365 l).
Audi S3 (Foto: Audi)
Segurança não é problema para o hot hatch, que tem controle de cruzeiro inteligente, controle de estabilidade de última geração e assistente de manutenção de faixa, entre outros itens eletrônicos. Mas o destaque é mesmo a versatilidade proporcionada pelo Audi Drive Select, que regula as respostas da suspensão, dos amortecedores, do pedal do acelerador, do câmbio e da direção. Basta colocar no modo Dinâmico e ser feliz. Feliz mesmo é quem conseguir se dar um presente desses no próximo Natal. Quem quiser um presente parecido terá de desembolsar R$ 100 mil a mais pelo BMW Série 1 M, de 340 cv – mais forte, mas justifica tanta diferença? Ou ver o que a AMG prepara para o novo Mercedes Classe A.
Viagem a convite da Audi

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