Motor Duratec bicombustível tem 175 cv de potência com etanol. Montadora lança ainda versão Titanium com tração frontal por R$ 100 mil.
Ele não corre tanto quanto os dois modelos pilotados por Nelson Piquet e Nigel Mansell, nos vídeos feitos pela Ford para a internet. Neles, os dois ex-pilotos disputam retas e curvas do circuito Velopark, no Rio Grande do Sul, ao volante do Fusion Ecoboost 2.0, um carro de 240 cavalos e R$ 112.990. Mas, se não faz 0 a 100 km/h em 7,7 segundos (como o Ecoboost), o Fusion 2.5 tem seus trunfos. Para começar, o motor é flex. Além disso, custa R$ 92.990, ou R$ 20 mil a menos que o modelo top de linha.
A nova versão chega bem equipada. O único opcional é o teto solar, por R$ 4 mil. Basicamente, em relação à Titanium Ecoboost, só não tem botão de partida, tração integral, saída dupla de escape e rodas aro 18. Mas o fato é que sobra muita coisa para enfrentar concorrentes do porte de VW Jetta TSI, Hyundai Sonata, Kia Optima e Peugeot 508 (o Chevrolet Malibu deve engrossar essa lista no segundo semestre).
Para começar, o estilo une modernidade e uma certa agressividade. O sedã com jeitão de cupê e dianteira de Aston Martin agrada visualmente. O modelo tem até uma grade móvel localizada atrás da grade frontal, para melhorar a aerodinâmica. Em uso urbano ou baixa velocidade, a grade fica aberta, para não atrapalhar na refrigeração. Em alta velocidade, ela fecha, para melhorar a fluidez de ar pela carroceria.
Você entra no carro e encontra praticamente tudo o que sempre almejou em um automóvel nessa faixa de preço. A lista inclui bancos de couro com ajustes elétricos e memória, câmera de ré, oito airbags (incluindo os de joelhos para motorista e passageiro), sistema multimídia (Sync) com comando de voz, tela touch de oito polegadas, GPS, etc.
O carro roda macio e silenciosamente. Na calibração para o Brasil, a Ford procurou um meio termo entre o ajuste do modelo feito para os EUA e do que anda na Europa. Absorve bem irregularidades, é confortável e mostrou boa estabilidade. O único problema é que a frente continua raspando no chão, como nos modelos anteriores. Além disso, durante os testes, a suspensão dianteira da unidade avaliada manifestou alguns ruídos incomuns para um carro tão novo. Outra coisa que não agrada são os espelhos externos, que têm uma parte convexa no canto superior. O jogo de espelhos acaba mais atrapalhando do que ajudando.
FICHA TÉCNICA – FORD FUSION 2.5 FLEX | |
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Motor | Transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, comando duplo variável, flex |
Potência | 175/167 cv a 6.000 rpm |
Torque | 24,2/23,2 kgfm a 4.500 rpm |
Transmissão | Automática de seis marchas, tração dianteira |
Suspensão | Independente nas quatro rodas, McPherson na dianteira |
Direção | Elétrica |
Freios | Discos ventilados na frente e sólidos atrás |
Comprimento | 4,871 m |
Altura | 1,484 m |
Largura | 1,852 m |
Entre-eixos | 2,850 m |
Tanque | 62 litros |
Porta-malas | 514 litros |
Peso | 1.572 kg |
NÚMEROS DE TESTE AUTOESPORTE | |
Aceleração 0-100 km/h | 10,5 segundos |
Aceleração 0-400 metros | 17,4 segundos |
Retomada 40-80 km/h | 5,5 segundos |
Retomada 80-120 km/h | 7,1 segundos |
Frenagem 100-0 km/h | 42,5 metros |
Frenagem 80-0 km/h | 26,2 metros |
Frenagem 60-0 km/h | 18,2 metros |
Consumo em estrada | 8,8 km/l |
Consumo na cidade | 6,7 km/l |
Consumo médio | 7,7 km/l |
O motor Duratec 2.5 flex é uma variação do que equipa a Ranger flex. Tem 16 válvulas, comando duplo e coletor de admissão variáveis. Rende 175 cv com etanol (167 cv com gasolina), e leva o sedã de 1.572 kg a 100 km/h em 10,5 segundos. Como é o primeiro dessa categoria a ser flex, o Fusion sai na frente. Mas como bebe esse rapaz! Fez 6,7 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada.
O câmbio automático de seis marchas aceita trocas manuais, mas não no volante. Quem quiser fazer trocas, vai ter de acionar o botão na própria manopla da alavanca. Não é muito prático.
Por outro lado, o volante é repleto de teclas, para acessar o som, atender ao telefone, personalizar funções no quadro de instrumentos, checar informações no computador de bordo, etc.
Passageiros também não têm do que reclamar. O espaço no banco de trás é amplo, característica herdada das gerações anteriores do sedã. A distância entre-eixos, de 2,85 m, é a maior da categoria, o que garante acomodação de sobra para pés e joelhos. Dá para cruzar as pernas. O porta-malas para 514 litros também é bem amplo.
A Ford fechou parceria com a seguradora Mapfre, e está vendendo o carro com seguro de R$ 3.365, independentemente do perfil do segurado.
A linha Fusion ainda vai crescer. O próximo a chegar será o Ecoboost Titanium com tração apenas na dianteira. Ele deve estrear em março, por R$ 99.990. Ainda no primeiro semestre, a linha deverá ficar completa com o Fusion Hybrid, por cerca de R$ 120 mil.
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