Enquanto a Europa sofre uma crise econômica histórica, o grupo Fiat-Chrysler está mais dependente do seu desempenho no continente americano. Neste cenário, Estados Unidos e Brasil formam uma dupla estratégica para a sobrevivência das montadoras.
Até abril deste ano, Fiat e Chrysler, que envolve também as marcas Jeep e Dodge, venderam 585,1 mil carros (o valor exclui veículos comerciais) nos Estados Unidos. No Brasil, este número foi de 250,9 mil, de acordo com o relatório de vendas mundiais divulgados pela Fiat. O volume total na América Latina foi de 306,9 mil.
Na Europa, somando as vendas na Itália, Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Turquia, Rússia e outros países não especificados no relatório, a soma chegou a 305,5 mil carros emplacados. O continente ainda leva certa vantagem, já que a cifra considera também modelos da Abarth, Lancia e Alfa Romeu, marcas não atuantes no Brasil, e acrescenta ainda as vendas da Ferrari e Maserati.
Em um comparativo entre as vendas entre janeiro e abril de 2013 contra o mesmo período do ano passado, a Europa registrou queda de 6,4% nas vendas. Na América Latina o crescimento foi de 8,7%.
Rota de ouro
Nesta semana, a agência de notícias internacional Boomerang afirmou que a Fiat planejava mudar sua sede, que fica na cidade italiana de Turim, para os Estados Unidos. A notícia foi desmentida pela montadora. Apesar da negativa, a marca dá sinais de que quer mais proximidade com a Chrysler. Em fevereiro deste ano, o presidente do grupo Fiat, Sergio Marchionne, anunciou que espera uma fusão total entre as empresas até 2014. A Chrysler, sobretudo nos Estados Unidos, representa uma grande galinha dos ovos de ouro para os italianos, que detém atualmente 60% da montadora de Detroit.
A movimentação no Brasil também é agressiva. A Fiat injetou mais de R$ 500 milhões para construir um novo complexo industrial em Pernambuco, de onde deverão sair SUV’s e veículos de médio e grande porte.
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